REFLEXÕES - EDIR PINA DE BARROS



Por que será que o tempo não tem pena
de nada e ninguém? Consome tudo,
intrépido, insensível, tão sanhudo,
voraz, bem mais voraz que uma hiena.

 Nada perdoa. Nada! É duro, rudo...
A tudo e a todos – por igual – condena
À finitude. Mas não sai de cena,
não envelhece. Passa firme e mudo.

Por que será? Senhor da vida e morte,
diverso em sua essência, sua sorte,
por tudo passa e vive em cada mito...

Oh! Tempo! Tempo! Impávido e faminto,
Primeiro nos dá mel, depois absinto,
Executando sempre o infinito rito.

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Edir Pina de Barros (a flor do cerrado)
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Significado de algumas palavras:
Intrépido - Que não possui medo; que não teme o perigo; corajoso. (adjetivo)
Que é obstinado; que não se abate diante dos obstáculos. (figurado)
Indivíduo que não tem medo; corajoso. (substantivo/masculino) 
Sanhudo – Que tem sanha; irado, encolerizado. Que mete medo; terrível, temível. (adjetivo) 
Rudo - O mesmo que rude, grosseiro, insuportável. (adjetivo)
Finitude - Característica, particularidade ou condição do que é finito. Que tem um fim; que pode chegar ao fim. (substantivo/feminino)
Impávido – Característica do que não possui nem aparenta medo. Que é destemido; que não se enfraquece com preocupações, receios ou medos. (adjetivo) 
Absinto - Sensação ou sentimento de angústia; melancolia ou amargura. (figurado)

Um comentário:

  1. Bom dia Edir, do crivo do tempo ninguém se livra nesta materialidade, e as consequências disto, teus versos dissecam com primazia, parabéns, pelo contundente enredo poético, eu te desejo uma emana de muitas satisfações, um abraço, MJ.

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Beijos poéticos,
Marcela Re Ribeiro